BRASÍLIA – Lula tomará tomara posse no dia 1° de janeiro de 2023, para desespero dos fascistas bolsonaristas e encontrará um país bem diferente daquele que deixou em 2010. E não se trata apenas do cenário econômico, destruído pela pandemia e pela praga fascista-bolsonarista, cujo legado faz parecer a “herança maldita” de FHC, em 2002, uma sessão da tarde da antiga Rede Globo.
Paira no ar uma concreta ameaça de terroristas bolsonaristas, cuja incubadora, o acampamento em frente ao QG do Exército, continua lá instalado, com os delírios dos fanáticos e a conspiração, sustentada, direta e indiretamente, por empresários, meios de comunicação, gestores públicos e os saudosistas da Ditadura, que continuam dentro das Forças Armadas.
Uma economia devastada e o terror fascista-bolsonarista. Nesse cenário sombrio Lula ainda vai ter que lidar com o movimento, já iniciado, de oposição dos grandes meios de comunicação, que dão mais ênfase ao fato de que Lula conseguiu aprovar a “PEC da transição”, sendo agressivos quanto a essa aprovação, do que aos criminosos fascistas-bolsonaristas e das diatribes que o Boca Podre pode aprontar nos próximos dias.
A Folha de São Paulo já carimbou a “PEC da transição” de “PEC da gastança”, como se a aprovação dessa “gambiarra orçamentária” fosse algo negativo. Essa visão distorcida logo foi apropriada pela extrema-direita fascista e pelas forças conservadoras, totalmente comprometidas com o mercado financeiro.
Uma economia devastada e o terror fascista-bolsonarista. Nesse cenário sombrio Lula ainda vai ter que lidar com o movimento, já iniciado, de oposição dos grandes meios de comunicação, que dão mais ênfase ao fato de que Lula conseguiu aprovar a “PEC da transição”, sendo agressivos quanto a essa aprovação, do que aos criminosos fascistas-bolsonaristas e das diatribes que o Boca Podre pode aprontar nos próximos dias.
A Folha de São Paulo já carimbou a “PEC da transição” de “PEC da gastança”, como se a aprovação dessa “gambiarra orçamentária” fosse algo negativo. Essa visão distorcida logo foi apropriada pela extrema-direita fascista e pelas forças conservadoras, totalmente comprometidas com o mercado financeiro.
Exigir que esse segmento da sociedade tenha alguma preocupação com o fato de que 125 milhões de brasileiros encontram-se em insegurança militar, é ser ingênuo. Para essa turma o mais importante é ter sempre o equilíbrio fiscal e, depois, o fruto, se houver, poderá (eu disse poderá) ser distribuída nas camadas mais pobres da sociedade. Olhando para a história recente da humanidade esse discurso é mera lorota. Nada mais que isso.
Mas, tanta preocupação pelo tal “equilíbrio fiscal” revela, na prática, a defesa da ortodoxia no que se refere ao manuseio, por exemplo, das taxas de juros, que deve aumentar para que a inflação não aumente. Simples né? Não. Os gastos aprovados pela PEC, além das transferências do bolsa família, irão recompor recursos para a saúde, a educação, a cultura, a ciência e a tecnologia, mas isso é secundário para esses ortodoxos de plantão.
Aliás os articulistas que atacam a “PEC da transição” nunca surtaram com as pataquadas de Paulo Guedes, que, diga-se de passagem, sempre foi enaltecido pelos grandes meios de comunicação, enquanto destruía a economia. Guedes, um bufão maçante, levou o país ao fundo do poço (ou mais além) e já desembarcou do governo faz tempo. Deixou o país sem eira nem beira, mas esses articulistas, agarrados com o modelo falido do FMI, adotado em 1979, fazem silêncio obsequioso.
Ora, até as pedras sabem que é a política de taxa de juros (Selic) do Banco Central, que determina a estrutura da curva de juros e o custo da dívida. Há, portanto, que se beneficie da política de juros altos. Como lembrou Pérsio Arida em recente artigo escrito no Valor Econômico, a elevação da taxa básica pelo Banco Central a partir de 2019, custou ao Tesouro 1,75% do PIB em 2021 e 3,65% do PIB em 2022. E quem detém a dívida pública, cerca de 54,0%, são, ora vejam só, são as instituições financeiras e fundos de investimentos. Vocês acham que esse segmento tem alguma preocupação social?
Mas o que isso tem a ver com os ataques à “PEC da transição”? Simples. Os rentistas querem manter seus ganhos extraordinários e obviamente não criticam a política de juros dos últimos três anos e não veem com bons olhos quaisquer tentativa, mesmo tênue de mudança de prioridades do futuro governo. As despesas públicas, sejam elas primárias ou vinculadas ao serviço da dívida, expandem a demanda agregada e podem vir a pressionar a inflação e isso não é nenhuma novidade.
Mas a expansão dos gastos primários, via “PEC da transição”, que pode pressionar a inflação, foi para evitar uma hecatombe social. Os liberais de proveta imaginam que os mais de 100 milhões de pessoas que estão às portas da fome, terão a paciência de esperar nas suas residências, quando as tem, que o “mercado” faça os ajustes e o governo, sabe-se lá quando, possa vir a “liberar” uma parcela do seu orçamento para tirar as pessoas da miséria.
Realmente o liberalismo brasileiro, que se acha moderno, é tão antiquado quanto o pensamento fisiocrático.