Alvo do TSE e de pedidos de prisão, Carla Zambelli viaja aos EUA para “agendas pessoais”

SÃO PAULO – Após o deputado federal André Janones (Avante-MG) alardear nas redes sociais que a também deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) “fugiu” do país, a parlamentar enviou nesta quinta-feira (2) uma nota à Fórum, através de sua assessoria de imprensa, confirmando que, de fato, deixou o Brasil.

Apesar de negar que esteja fugindo, a bolsonarista viajou aos Estados Unidos em meio a um inquérito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do qual ela é alvo e após ter pedidos de prisão protocolados junto às autoridades por advogados por ter sacado arma de fogo e ameaçado um eleitor no meio da rua, em São Paulo, um dia antes da realização do segundo turno da eleição, no último sábado (29).

Na terça-feira (1), Zambelli perdeu o acesso aos seus perfis nas redes sociais, por ordem do TSE, pelo fato de ter, em publicações, fomentando os bloqueios criminosos em rodovias de todo o Brasil impostos por bolsonaristas que não aceitam o resultado eleitoral.

“Não divulguei a viagem aos Estados Unidos simplesmente porque não tenho onde publicar, oras! Estou no meio desse movimento de contenção, repressão e ataque à Liberdade. Estou cumprindo agendas pessoais e aproveitarei a ocasião para estudar meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas”, diz Carla Zambelli em nota enviada à Fórum.

Ação do TSE e pedido de prisão 

Segundo a decisão do TSE que derrubou as redes sociais de Zambelli, suas publicações sobre os bloqueios visavam “tumultuar o processo eleitoral e incentivam comportamentos ilegais e beligerantes”. O documento argumenta ainda que as postagens são “ilegais, de natureza grave e com grande potencial para tumultuar as eleições em andamento, visto que o processo termina somente com o ato da diplomação”.

Além da investigação do TSE, Carla Zambelli pode ser enquadrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por incitação ao crime devido ao fato de ter incentivado atos antidemocráticos.

Em paralelo, a oposição no Congresso Nacional e advogados articulam pedido de cassação do mandato da deputada e já protocolaram pedido de prisão pelo fato da parlamentar ter sacado uma arma e ameaçado um eleitor, um dia antes do segundo turno, simplesmente por ter sido xingada. Resolução do TSE proíbe o porte de arma, exceto a agentes de forças de segurança, nas horas que antecedem a eleição.
Fonte: Revista Forúm
BNC Política
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