GRANDE ILHA – A detecção remota da cobertura do solo a partir de sensores óticos é de grande importância para monitoramento da dinâmica superficial terrestre, porém é severamente comprometida por fenômenos climáticos intensos, pois geralmente as imagens obtidas são dotadas de forte cobertura de nuvens. Diante disso, a identificação de localidades alagadas, durante períodos de forte precipitação, tem nos sensores radar sua principal forma de detecção.
Nesse sentido, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA) realizou, de 12 a 16 de março, um trabalho de campo para identificação e validação de áreas inundadas, durante o período chuvoso atual, na porção sul da APA da Baixada Maranhense, correspondendo aos municípios de Vitória do Mearim, Monção, Igarapé do Meio, Arari e Anajatuba.
Os dados analisados são oriundos de etapas de pré-processamento, processamento e pós-processamento executados em ferramentas gratuitas e com dados gratuitos. Os dados orbitais referem-se a imagens de Radar, do sensor Sentinel 1, disponibilizadas pela Agência espacial europeia (ESA) que permite mapear alvos superficiais associados a água na banda VH. As ferramentas computacionais gratuitas envolvem O QGis 2.18 e o Aplicativo Snap 5.0.
“O uso de técnicas de mapeamento a partir de radar para identificação da cobertura hídrica permite identificar não apenas as localidades anualmente inundadas nos períodos de cheias e sua dinâmica, como também permite a quantificação e análises estatísticas e comparativos futuros para melhor gestão ambiental”, explicou o Encarregado do Laboratório de Geoprocessamento da SEMA (LABGEO), Adauto Pestana.
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