RIO DE JANEIRO – Muito da instabilidade do Vasco na temporada passa pela dificuldade que o técnico Zé Ricardo encontra para escalar o que tem de melhor. São sete jogadores entregues ao departamento médico, ao menos cinco potenciais titulares. O setor atravessa mudanças dentro do clube justamente para tentar minimizar os desfalques. Por enquanto, o prejuízo tem sido todo do treinador cruz-maltino.
Celso Monteiro, vice-presidente médico, é quem tem tocado as transformações. Com a saída de Alex Evangelista, que trocou o clube pelo Estoril, de Portugal, vai embora também o Centro Avançado de Preparação, Recuperação e Rendimento Esportivo. Não apenas a sigla — Evangelista já tem uma empresa com o nome Caprres e o clube não quer mantê-la —, como também a filosofia de trabalho. Com ele, saíram outros dois profissionais. Maurício Negri, ex-Fluminense, é quem será seu substituto e trará com ele um fisioterapeuta e um fisiologista.
Houve também mudança no quadro médico, com a vinda de novos profissionais e a saída de outros, incluindo Albino Pinto. A preocupação é tentar acelerar o retorno dos jogadores. O caso mais emblemático no Vasco é Marcelo Mattos, que não entra em campo desde setembro. Detalhe: de 2016. Ramon e Breno também ainda levarão algum tempo para voltar. Operados fora do clube, geram um desconforto claro em São Januário.
— No caso dos dois, estamos a mercê de outros profissionais — afirmou Celso Monteiro: — Isso é um desprestígio para os nossos médicos e decidimos que isso não vai mais acontecer, de jogadores operarem fora.
Em São Januário, os problemas financeiros atacam também o departamento médico. A operação do tornozelo esquerdo do zagueiro Ulisses, do time sub-20, no Hospital Lourenço Jorge, do município, repercutiu mal entre os torcedores. De acordo com Celso Monteiro, o clube optou por fazer o procedimento na rede pública por praticidade.
Henrique está praticamente fora
Os últimos desfalques de Zé Ricardo foram o lateral-esquerdo Henrique e Evander. Ambos foram diagnosticados com estiramento muscular, mas o caso do lateral é mais grave. Dificilmente retornará a tempo de jogar o restante do Estadual, mesmo se o Vasco for à decisão. Já o meia será reavaliado nesta segunda para saber se terá condição de jogo no meio de semana, na semifinal.
Rildo também está fora, por lesão no ombro. Dos desfalques mais antigos, Breno é quem está mais próximo do retorno. O zagueiro deve treinar com a bola a partir de abril.
Em relação a Kelvin, o departamento médico tenta antecipar o seu retorno, previsto inicialmente para junho.
BNC Esporte