Reitor da UFMA defende, na plenária da Andifes, formação de comissão interinstitucional para analisar admissão por cotas

GRANDE ILHA – O segundo dia do I Encontro da Andifes, realizado hoje, foi reservado à plenária dos reitores e reitoras. O tema central deste ano é “Realidade e Futuro das Universidades Federais”.

A plenária começou com as boas vindas, pelo presidente da entidade,  João Carlos Salles Pires da Silva, reitor da UFBA, e exibição do vídeo institucional sobre as ações das IFES no enfrentamento da Covid-19.

Na sua fala, o presidente destacou o caráter democrático da Andifes e das universidades públicas brasileiras. Ressaltou o protagonismo de cada universidade para enfrentar a pandemia. Agradeceu às instituições por terem feito parte da elaboração e organização do evento, em formato online. “A Andifes é um conjunto que é a soma das partes de cada entidade”, enfatizou.

Na sequência, o secretário da Andifes, Gustavo Balduíno, apresentou dados de acesso aos eventos do congresso, no dia anterior, pelo site e redes sociais. Houve também falas dos demais membros da diretoria da Andifes.

O evento prosseguiu com cada reitor, por cinco minutos, apresentando um resumo das ações das universidades, realizadas nas mesas do dia anterior.

Na sua fala, o reitor Natalino Salgado sintetizou as ações da UFMA, que realizou, dentro da programação do dia 17, duas mesas. A primeira, com o tema “As ações da UFMA no enfrentamento da Covid-19”, foi efetivada pelo vice-reitor Marcos Fábio Belo Matos e as pró-reitoras de ensino, professora doutora Isabel Ibarra Cabrera, e de extensão e cultura, professora doutora Josefa Melo e Sousa Bentivi Andrade. A segunda mesa, ainda de manhã, teve como tema “O cenário epidemiológico do coronavírus no MA e as ações do HUUFMA no enfrentamento da Covid-19” e foi promovida pelo Hospital Universitário, mediada pela Relações Públicas, Luciana Machado, e apresentada pela superintendente do hospital, professora doutora Joyce Lages, e o professor-pesquisador Antônio Augusto Silva. Na parte da tarde, a universidade foi representada pelo vice-reitor na plenária do Colégio de Gestores de Comunicação das Universidades Federais (Cogecom).

O reitor aproveitou ainda para sugerir, à diretoria e plenária, a criação de uma Comissão Interinstitucional para Análise do sistema de admissão de estudantes da graduação por meio das cotas raciais.

“Acreditamos que cada IFES tem suas ações específicas para se adequar à Lei das Cotas. E, neste sentido, penso que a formação de uma Comissão Interinstitucional, com especialistas das mais distintas IFES, sob a tutela da Andifes, poderia dar uma excelente contribuição ao debate das cotas, no sentido de propor uma uniformização das ações de acesso de estudantes da graduação via sistema de cotas. E, ato contínuo, poderia minimizar muito possíveis críticas vindouras a este sistema, que tanto o MEC quanto as IFES julgam fundamental para garantir um acesso mais igualitário ao ensino superior e, com isso, diminuir as profundas discrepâncias sociais que caracterizam nosso país”, defendeu o reitor, no seu pronunciamento.

A Ufma foi uma das pioneiras a implantar o sistema de cotas raciais e de pessoas com deficiência. Também criou, em 2015, o curso de Licenciatura Interdisciplinar em Estudos Africanos, de forma pioneira no país. E ainda expandiu para os campus do interior os cursos de Licenciatura Interdisciplinar, que este ano completam dez anos de implantação.

O evento fez uma homenagem, com um minuto de silêncio, aos mortos pela Covid-19 no país e nas universidades, em especial ao ex-reitor da UFMG e ex-presidente da Andifes, Tomaz Aroldo Santos, que faleceu durante a plenária dos reitores, causando profunda consternação em todos.

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