GRANDE ILHA – Enquanto esperam pela consulta, mulheres que buscam atendimento na Unidade Materno Inafntil do Hospital Universitário da UFMA (HU-UFMA) l tem agora um bom motivo para passar o tempo. Trata-se do projeto Sala de Espera, que visa preparar essa mulher para o momento do parto e nascimento, oferecer orientações desde o pré-natal, esclarecer dúvidas e levar informação e conhecimento. O lançamento do projeto ocorreu nesta quinta, 28, com a participação de profissionais, residentes e acadêmicos do Ambulatório de Obstetrícia e Ginecologia, e da Neonatologia do HU-UFMA.
Nilza Pinheiro, líder de Enfermagem do Ambulatório, explica como é feita a abordagem do Projeto, que será realizado uma vez por semana. “A ação parte de questionamentos feitos pelas próprias gestantes, pois não é um momento de palestra e sim de roda de conversa, em que ouvimos as dúvidas e anseios da gestante e de seu acompanhante. Ao longo dessa conversa tiramos as dúvidas e orientamos sobre tudo que o hospital pode oferecer”, esclarece.
O projeto Sala de Espera surgiu a partir de outros projetos que o HU-UFMA participa, como o Apice On e o Qualineo. Com essas iniciativas, apareceram boas práticas que são fundamentais para a saúde da mãe e do bebê. Ele é desenvolvido pelo Ambulatório de Obstetrícia com o apoio dos serviços de Neonatologia, Obstetrícia e Ginecologia. O projeto tem a participação de residentes e de estudantes de graduação que fazem residência em Saúde da Mulher, trabalhando o eixo integrador: ensino, gestão e assistência.
A residente de Enfermagem em Saúde da Mulher, Jaísa Penha, uma das responsáveis por organizar e articular com vários setores para que o projeto saísse do papel, destaca a importância da iniciativa. “O projeto é enriquecedor, não só para essas mulheres, as gestantes que estão aqui para ouvir, como também para nós profissionais e acadêmicos. É um momento de troca de experiências em que a gente compartilha conhecimento. A gente ouve as dúvidas que elas têm e busca responder com uma linguagem simples e clara. É uma forma dela se sentir acolhida no momento em que está aqui aguardando atendimento”.
A estudante, Érika Carvalho de Luna, 16, que está em sua primeira gestação, disse ter gostado da experiência. “Foi muito bom sim, já tinha participado de outro momento aqui em que tirei muitas dúvidas. Hoje, eu perguntei qual era o melhor parto, se normal ou cesárea, porque eu quero ter normal”, enfatizou Érika que espera a chegada do Pedro Gabriel.
Nilza Pinheiro destaca que hoje a mulher deve ser a protagonista de seu parto, e conhecer os direitos que lhe são assegurados. “Tudo que possa suscitar possíveis ações no Centro de Parto, desejos e expectativas deve ser esclarecido à gestante. Tipo: eu gostaria de ficar assim, eu gostaria de parir na banqueta, eu gostaria que meu marido cortasse o cordão umbilical. Todas essas ações são boas práticas em relação ao parto e nascimento que devem ser acentuadas”, realça.
BNC Cidade