GRANDE ILHA – Eu pedia comida na rua, mendigava nas portas das casas e dos restaurantes. Tinha dias que eu nem comia nada. Agora muita coisa mudou. Eu faço as minhas refeições todos os dias, não passo fome e estou com minha saúde em dias. A comida é maravilhosa e aqui a gente tem água gelada e até suco”, disse Renilson Paixão, nesta quarta-feira (23), durante a entrega das carteiras de identificação das pessoas em situação de rua que estão tendo acesso a refeições gratuitas e diárias nos Restaurantes Populares de São Luís.
As carteiras foram disponibilizadas pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (Sedes) e servem para identificar e permitir que usuários cadastrados no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), almocem e jantem com qualidade e sem nenhum custo.
Para o secretário Márcio Honaiser, a ação é mais uma preocupação do Governo do Estado em garantir segurança alimentar e nutricional às pessoas que mais precisam.
“Temos a responsabilidade de garantir o direito humano de uma alimentação saudável principalmente à população em vulnerabilidade social. Nosso olhar está voltado também às pessoas em situação de rua e por isso distribuímos mais de 24 mil refeições desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A entrega da carteira de identificação vai colaborar para que eles continuem recebendo uma alimentação saudável e orientação nutricional de forma gratuita”, explicou o secretário.
Márcio Honaiser disse, ainda, que no início do mês de outubro a Sedes retomará com as capacitações sobre Segurança Alimentar e Nutricional a esse público, que estavam suspensas por conta da pandemia.
A secretaria municipal de Assistência Social (Semcas), Andrea Lauande, agradeceu pela parceria com o Governo do Estado e disse que a carteira de acesso aos restaurantes representa um marco na garantia de direitos à população em situação de rua.
“Essa simples carteira serve de identificação em vários locais, para aqueles que muitas vezes são invisíveis para a sociedade. Ela permite não só o acesso à uma alimentação saudável, mas também a dignidade de poder ter acesso à uma política pública de direito”, declarou a secretária.
BNC Cidades