GRANDE ILHA – Em sua entrevista aos jornalistas na última semana, no Palácio dos Leões, o governador Flávio Dino (PCdoB) disse acreditar que o Maranhão terá um crescimento em 2018, ano eleitoral, entre 2% e 2,5%. Caso se confirme, será até cinco vezes maior do que o projetado para o Brasil, de 0,5%, no cenário mais otimista. “Temos hoje uma tímida retomada nacional, mas a instabilidade institucional termina por atrapalhar o país e os estados”, constatou Dino. Todas as ações passadas, presentes e futuras têm tudo a ver com o cenário das eleições estaduais de 2018, tanto para ele, quanto para os aliados e também os opositores.
Mesmo em meio à crise, o governo estadual prefere apostar em ações “convencionais”, o que distancia o Maranhão de outros estados, como, por exemplo, o Rio de Janeiro, que só na semana passada conseguiu pagar o salário de outubro dos servidores. Flávio Dino destaca os programas na área de educação (Escola Digna, com 600 unidades sendo reconstruídas e 300 novas em construção), de mobilidade urbana (mais asfalto em 130 municípios) e o hospital central de emergência em São Luís, para atender à região metropolitana, cujo edital saíra em janeiro e as obras podem começar em março, na Avenida São Luís Rei de França.
Retaliação de Temer
Mesmo em meio à crise, o governo estadual prefere apostar em ações “convencionais”, o que distancia o Maranhão de outros estados, como, por exemplo, o Rio de Janeiro, que só na semana passada conseguiu pagar o salário de outubro dos servidores. Flávio Dino destaca os programas na área de educação (Escola Digna, com 600 unidades sendo reconstruídas e 300 novas em construção), de mobilidade urbana (mais asfalto em 130 municípios) e o hospital central de emergência em São Luís, para atender à região metropolitana, cujo edital saíra em janeiro e as obras podem começar em março, na Avenida São Luís Rei de França.
Pobreza
Flávio Dino foi surpreendido com a pergunta de O Imparcial, com um tema fundamental, mas que, porém, nunca foi sequer lembrado no debate político eleitoral. A reportagem questionou o governador sobre os motivos que ainda colocam o Maranhão como o estado mais pobre do Brasil.
Com três anos à frente do governo, 12 anos como juiz federal, quatro de deputado federal e anos como professor universitário e ainda de militante estudantil, Dino atribuiu a atual situação aos sucessivos anos de dominação por parte de oligarquias.
“O Maranhão tem sido longamente vítima de políticas de dominação por sucessivas oligarquias. O ensino é duramente excludente, num estado de coronelismo em que o extrativismo tem dado espaço a rudimentares experiências fracassadas. Para ter-se uma ideia, o Ceará, historicamente flagelado pelas secas e por outras formas de atraso, resolveu quebrar paradigmas políticos ao investir em Educação e Ciência. Para comparar, hoje, das 100 melhores escolas do ensino fundamental no Brasil, 77 estão no Ceará, conforme o índice de Educação Básica do Brasil (Ideb), de 2015, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)”, disse o governador.
PT em 2018
Dino disse ter “segurança” de contar com o PT em sua coligação, na eleição de 2018, quando vai pleitear a reeleição. Além do mais, ele acrescenta outras legendas que em 2014 estavam no grupo Sarney e agora fazem parte de seu arco de aliança, obviamente com espaços no governo: o PTB, que tem o vereador Pedro Lucas Fernandes na Agência Metropolitana; o PRB, que provocou o esvaziamento do PSDB, com a saída do vice-governador Carlos Brandão. Por enquanto, o PRB está no Instituto de Metrologia e no Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma), mas vai querer espaço maior na reforma que virá depois do carnaval, com a troca de secretários. Também chegaram o DEM, o PROS e o Solidariedade.
Reforma no secretariado
Logo que o carnaval se for, Flávio Dino vai fazer a maior reforma no secretariado. Ele disse que já vem conversando com os pré-candidatos a cargos eletivos em 2018 e com prováveis substitutos, já dentro da nova configuração da coligação que levará para a disputa da reeleição. Também revelou que o vice-governador Carlos Brandão tem tudo para continuar, tanto pela sua liderança, quanto pela lealdade e, também, pela forma como se conduz no cargo, participando ativamente do governo.
“É natural que ele fique no cargo”, resumiu. Quanto aos secretários que hoje são pré-candidatos, são os seguintes: Márcio Honaiser (Agricultura, Pecuária e Pesca), Marcelo Tavares (Casa Civil), Márcio Jerry (Articulação Política), Simplício Araújo (Indústria e Comércio) Adelmo Soares (Agricultura Familiar) Neto Evangelista (Desenvolvimento Social) e Duarte Júnior (Procon).
BNC Política