GRANDE ILHA – “Nossa estratégia de trabalho tem sido monitorar e cobrir os municípios do interior do Maranhão, sobretudo onde há mais vulnerabilidade para ocorrências deste tipo”, explica o delegado Thiago Bardal, titular da Superintendência Especial de Investigações Criminais (SEIC), sobre a redução dos crimes de explosão a caixas eletrônicos no último mês. Em dezembro de 2016 foram registradas quatro ocorrências deste tipo, enquanto em dezembro de 2017 não houve nenhum crime deste tipo, uma redução de 100%.
Os dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) mostram que o trabalho das forças policiais também teve resultados expressivos ao longo de todo o ano. Houve uma redução de 70% das ocorrências referentes a explosão a caixas eletrônicos em 2017, comparativamente com 2016. Foram registrados 13 casos desse tipo durante o ano passado, enquanto em 2016 foram 44 ocorrências. Em comparação com 2014, quando houve 48 casos desse tipo, a redução em 2017 foi de 73%.
“Essa redução, que vem se mostrando permanente, atribuímos às operações integradas das forças de segurança e aos investimentos que o Governo vem realizando no departamento e que tem garantido a estrutura para a ação policial”, reforça o delegado Thiago Bardal.
Na contenção direta a este crime, a polícia realiza ações preventivas como a operação Maranhão Mais Seguro, que monitora pontos-alvos de assaltos às agências bancárias. A operação envolve equipes da Polícia Civil, por meio da Seic, e da Polícia Militar com mobilização do Centro Tático Aéreo (CTA) e do Grupamento de Operações de Sobrevivência em Área Rural, que reforça a segurança nas cidades do interior.
Nas operações de repressão, houve reforço nas investigações pelo Departamento de Combate a Roubo a Instituições Financeiras (Decrif/Seic), que trabalha exclusivamente nestes casos e conta com equipe treinada tornando a apuração mais eficiente e ágil. “Com estas provas plenas e mais robustas, temos conseguido uma condenação em tempo mais hábil do Judiciário”, pontua Thiago Bardal.
Outro fator que tem colaborado para inibir esse tipo de crime é a integração com as polícias dos estados vizinhos possibilitando a troca de informações e identificação em tempo recorde das quadrilhas; e, também, o investimento das agências bancárias em mais segurança como guardas e videomonitoramento.
“Reforçamos a investigação, qualificamos o efetivo e estamos atuando de forma mais integrada com a polícia local e também de outras regiões. Esse conjunto de medidas e operações têm garantido os resultados positivos e a queda nestes índices”, reforça o titular do Decrif, delegado Luís Jorge Matos. Com esse trabalho, foram presos e indiciados mais de 200 assaltantes de banco em 2017, além de líderes de quadrilhas interestaduais.