GRANDE ILHA – Com o final das férias escolares e o retorno de crianças e adolescentes às aulas, uma preocupação importante relacionada à saúde vem à tona: o peso das mochilas. Pais e responsáveis devem estar sempre atentos a este tema, pois, com o passar do tempo, a carga excessiva leva a alterações posturais, dores, e pode causar sérios problemas ortopédicos, especialmente na coluna.
“Os pais devem sempre monitorar, pois tem muito aluno que, se deixarmos, carrega a casa inteira nas costas. E a recomendação básica de saúde é bem simples. O estudante não deve carregar uma mochila com mais do que 10% do seu peso. Ou seja, se o jovem pesa 50 quilos, sua mochila não deve ultrapassar 5 quilos”, informa o ortopedista e diretor clínico do Centro Médico Delta (CEMED), Walter Fukushima.
“Sempre que possível, prefira modelos de mochilas com rodinhas, para tirar a carga dos ombros. Além disso, é preciso que o aluno arrume diariamente seu material, para garantir que esteja levando somente os livros necessários, sem peso extra”, diz.
Entre as principais recomendações, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) orienta:
– Escolha mochilas com alças acolchoadas, firmes, reguláveis e com largura mínima de 4 cm.
– Modelos com cinto abdominal ajudam a equilibrar o peso.
– Materiais mais pesados devem ser colocados no centro e próximos das costas.
– O peso da mochila não deve ultrapassar 10% do peso da criança.
– A mochila deve ser do tamanho do tronco da criança. A parte inferior deve ficar até 5 cm abaixo da linha da cintura.
– O espaço entre a mochila e o corpo deve ser mínimo.
– Nunca pendure a mochila em um ombro só.
BNC Educação