BRASÍLIA – O Ministério Público Federal (MPF) anunciou, nesta segunda-feira (17), a criação do Grupo Nacional de Apoio ao Enfrentamento ao Crime Organizado, conhecido como ‘Gaeco Nacional’. A iniciativa tem o objetivo de fortalecer investigações contra facções criminosas, tráfico internacional, corrupção e outros delitos de grande impacto.
A estrutura segue o modelo dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos) já existentes nos Ministérios Públicos estaduais desde os anos 1990. Em 2020, o MPF adotou esse formato, mas apenas nas Procuradorias da República nos estados. Agora, a nova unidade nacional atuará em casos de grande repercussão e complexidade.
Quando o Gaeco Nacional poderá ser acionado?
De acordo com a portaria que oficializa sua criação, o Gaeco Nacional poderá atuar em 11 situações, incluindo:
– Crimes contra o Estado Democrático de Direito;
– Ações terroristas e crimes de repercussão internacional;
– Violações graves aos direitos humanos sob jurisdição federal;
– Corrupção e crimes de grande impacto contra a administração pública;
– Disputa entre facções criminosas em nível nacional;
– Ameaças a indígenas e comunidades tradicionais;
– Crimes ambientais de grande escala, como garimpo ilegal em terras indígenas;
– Atuação de milícias ou grupos de extermínio;
– Investigação de redes criminosas que operam em diferentes estados ou países;
– Crimes como sequestro político, cartel, falsificação de medicamentos e assaltos a bancos;
– Outros delitos praticados por organizações criminosas com impacto nacional ou internacional.
O Gaeco Nacional fornecerá apoio logístico e operacional às investigações, fortalecendo o combate ao crime organizado em âmbito federal.
BNC Brasil