GRANDE ILHA – Já a pesquisa do Estadão/Ipsos, os dados foram ainda mais negativos. Temer bateu mais um recorde é reprovado por 97% dos brasileiros.
Na pesquisa divulgada pela CNI, nesta quarta-feira (20), a taxa de ruim ou péssimo é de 74%. E apenas 6% avaliam o governo Temer como ótimo ou bom. Outros 19% consideram o governo regular.
O gerente executivo de pesquisa e competitividade da CNI – entidade que colocou empresários para pressionar parlamentares a votar a reforma -, Renato da Fonseca, tentou amenizar e dar um colorido aos dados de rejeição ao golpista. Disse que houve uma “leve melhora nos indicadores de popularidade”.
O que ele classifica como “leve”, de fato, não tem peso na pesquisa, apesar da grande mídia tentar fazer manchete com esse dado. A impopularidade de Temer oscila dentro da margem de erro da pesquisa, portanto, o que chamam de “melhora” está dentro da margem negativa.
Na pesquisa divulgada nesta quarta, a taxa de ruim ou péssimo é de 74%. No levantamento de setembro, esse percentual foi de 77%, sendo o pior resultado desde o fim da ditadura. Ou seja, Temer foi lançado ao purgatório e lá permanece.
Vale destacar que o percentual dos entrevistados que disseram não saber avaliar o governo ou não quiseram responder foi de 2%.
No levantamento do Ipsos, a rejeição ao golpe de Temer e seus aliados é evidente. Todos os presidenciáveis alinhados no espectro golpistas também sofrem com a rejeição: o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem 72% de rejeição, enquanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, amarga 73% e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tem 72%.
Reprovação de Temer é maior entre mulheres
Ao analisar a pesquisa da CNI pelo viés de gênero, Temer tem maior reprovação entre mulheres, que são as primeiras e sentir os efeitos da agenda de reformas e medidas econômicas. Segundo o levantamento, entre os entrevistados do sexo masculino, 69% consideram a gestão do peemedebista ruim ou péssima. Já entre as consultadas, esse índice foi de 76%.
Para 22% dos homens ouvidos pelo Ibope, o governo é regular –para as mulheres, 16%.
A CNI/Ibope também disse que a pesquisa indicou uma “melhora” na confiança no presidente, de 6%, em setembro, para 9%, em dezembro. Mas novamente, o índice está dentro da margem de erro.
A mesma tendência se verifica na taxa percentual dos que não confiam em Temer, que era de 92% na última pesquisa, agora é de 90%. Novamente, 2% não sabem ou não responderam.
Quando comparado o governo Temer com o governo da presidenta Dilma Rousseff, que enfrentou o ataque midiático diário, Temer sai na pior.
De acordo com a pesquisa, 59% acham o governo Temer pior que o governo Dilma, mesmo percentual da pesquisa de setembro.
Perspectiva
A pesquisa também aponta que o pessimismo é um dos legados deste governo. Os que acreditam que a perspectiva é ruim ou péssima, somam 69% dos entrevistados.
O índice de quem acha que os últimos doze meses da gestão será regular é de 20%. Já a taxa de ótimo e bom oscilou entre 6% e 7% — tendo a taxa dos que não responderam ou não sabem se mantido em 5% nas duas pesquisas.