GRANDE ILHA – Pelo segundo ano consecutivo, o Maranhão permanece entre os cinco estados de todo o país que menos apresentam falta de vagas nos presídios. A informação é do Monitor da Violência, do site de notícias G1, que desenvolveu um raio-X atualizado do Sistema Prisional Brasileiro.
De acordo com o levantamento, o Maranhão é o quinto estado do país e o segundo do Nordeste (atrás apenas da Bahia) com a menor defasagem na relação entre número de vagas e presos.
O estado hoje tem 11.236 presos distribuídos nas 8.531 vagas do sistema penitenciário maranhense, o que corresponde a um déficit de pouco mais de 2,7 mil vagas (31,7%).
Elaborado com base em informações levantadas por assessorias de imprensa e por meio da Lei de Acesso à Informação, o estudo do G1, do Grupo Globo, apresenta os dados mais atualizados do país, com números referentes a março e abril de 2019.
No último Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) do Governo Federal, com informações de 2016, o Maranhão já aparecia com resultado positivo e em quinto lugar no defasado cenário prisional do Brasil.
“Criamos, em quatro anos, 4.153 vagas. Isso é mais que o dobro da meta estipulada, em 2015, quando o Governo do Estado se comprometeu com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a abrir 1.840 vagas, nesse mesmo período. Isso demonstra o compromisso do Executivo com a causa prisional, em virtude do reflexo dela na sociedade”, destaca o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Murilo Andrade de Oliveira.
Segundo o Monitor da Violência do G1, hoje em todo o país são 704.395 presos para uma capacidade total de 415.960, um déficit de 288.435 vagas.
Fim do caos em Pedrinhas
Até 2014, o sistema prisional do Maranhão era mundialmente conhecido pelo caos instaurado no antigo presídio de Pedrinhas, quando a imprensa internacional noticiou cenas de rebeliões e barbáries.
A partir de 2015, esse cenário começou a mudar. De lá pra cá, o Sistema Penitenciário do Maranhão vem sendo modernizado tanto em estrutura tecnológica quanto em suas normas reguladoras.
Ressocialização
Nos últimos cinco anos, ações de ressocialização passaram a se tornar prioridade. Em 2018 já eram mais de 2 mil internos trabalhando enquanto cumpriam pena, um aumento de 253% em relação a 2014.
Além disso, hoje são ofertadas aos internos 136 oficinas de trabalho em áreas como construção civil, artesanato, confecções, carpintaria e culinária, e 16 laboratórios de informática dentro das unidades prisionais.
Também foi ampliado em 950% a quantidade de pessoas em atividades educacionais. No último Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM 2018) voltado a Pessoas Privadas de Liberdade (PPL), 431 internos foram aprovados e mais de 6 mil receberam certificação em cursos de educação à distância.
Veja aqui o estudo feito pelo G1: https://especiais.g1.globo.com/monitor-da-violencia/2019/raio-x-do-sistema-prisional/
BNC Cidade