GRANDE ILHA – Centenas de pessoas passaram pela ação social voltada para o atendimento vascular do Hospital Universitário da UFMA, vinculado a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) durante os dias 28 e 29 de setembro. Ao todo, 738 pacientes foram atendidos por médicos e residentes do Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular, embora tivessem sido agendados 843 consultas. O mutirão contou também com a participação de estudantes do curso de medicina e de uma equipe multiprofissional envolvendo, enfermeiros, técnicos em enfermagem e administrativos. A ação social teve o apoio da FQM – Farmoquímica, com o intuito prestar atendimento a pessoas com doenças vasculares, formas de prevenção e tratamento.
A comerciária Maria de Deus Gomes, 51, que sofre com dores nas pernas, inchaços e outros sintomas, aproveitou para buscar um tratamento eficaz para a sua enfermidade. “É uma excelente chance essa ação, nos permite ter acesso a uma consulta em um momento em que a demanda é tão grande. Conseguir uma consulta é tão difícil”.
A equipe realizou uma triagem das principais doenças venosas e arteriais periféricas e orientou o público quanto aos sinais e sintomas dessas doenças, na intenção de que todos ficassem atentos aos perigos de alguns comportamentos de risco e as devidas precauções a serem tomadas. Também foi realizado o exame Doppler de onda contínua, nos pacientes que apresentaram alguma alteração para doença obstrutiva periférica.
O chefe do Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do HU-UFMA, Sebastião Brito, destaca o sucesso da ação social pelo grande público que foi alcançado. E enfatiza a necessidade de realizar outras mobilizações. “Estamos felizes pelo resultado e já com uma grande inquietação para, em breve, desenvolver uma outra ação social com o mesmo foco, tendo em vista a grande carência da população para atendimentos dessa especialidade”.
Ana Celi Oliveira, 57, dona de casa, quando soube que teria a ação, correu para o local para tentar o atendimento. “ Fiquei feliz em ter conseguido, pois sofro com um problema vascular, mas nunca procurei um médico dessa área. Hoje, terei a oportunidade de iniciar um tratamento mais direcionado e tenho fé em Deus que logo estarei boa”, afirma cheia de esperança.
Segundo o cirurgião vascular Sebastião Brito, momentos como esse são fundamentais para esclarecer à população acerca dos sintomas relacionados às doenças vasculares, uma vez que às pessoas não tem uma visão clara deles. “Esses atendimentos se propõem também a dar a chance a essas pessoas de conversar com os médicos e entender se o que elas sentem está relacionado ou não as doenças ligadas as veias ou artérias. A informação é fundamental”.
A superintendente do HU-UFMA, Joyce Santos Lages, agradeceu o empenho de toda a equipe envolvida que fez do mutirão dias intensos de atendimentos à população. “Uma equipe multiprofissional foi mobilizada, envolvendo desde médicos até administrativos que, incansavelmente, ultrapassaram os horários estipulados para que todas as pessoas cadastradas fossem atendidas. Parabenizo a todos por proporcionar a tantas pessoas que vieram em busca de atendimento uma oportunidade de ser ouvido, visto e encaminhados de acordo com suas necessidades”, finaliza.
Causas das doenças vasculares
De acordo com Sebastião Brito, o sedentarismo, má alimentação, fumo, diabetes mal controlado, pressão alta e o estresse do dia a dia são exemplos de fatores que podem ser prejudiciais à circulação sanguínea dos indivíduos, com possíveis consequências sérias e até mesmo a amputação dos membros.
Ele destaca ainda que hoje, aproximadamente 30% da população mundial apresentam varizes, alteração funcional da circulação venosa do organismo. Dores, sensação de peso e inchaço nas pernas são alguns dos indícios que podem indicar essa e outras doenças venosas.
BNC Cidade