No início da manhã desta terça-feira (30/04), centenas de trabalhadoras e trabalhadores rurais de várias regiões do Maranhão, organizados pelos Fóruns e Redes de Cidadania (FRC), interditaram as principais rodovias do estado.
A manifestação, além de denunciar os graves conflitos por terra no Maranhão, pretende expor à sociedade maranhense e ao Brasil o que eles chamam de “criminosa lei de terras”, denominada popularmente de Lei da Grilagem, elaborada pela Assembleia Legislativa do Estado e sancionada pelo governador Carlos Brandão, no final do ano de 2023.
Segundo o advogado dos FRC – Fóruns e Redes de Cidadania/MA, Iriomar Teixeira, “A Lei da Grilagem pretende liquidar de vez as terras públicas do Maranhão, entregando aos grileiros, aos latifundiários e ao agronegócio”.
Os FRC também cobram do governo os compromissos assumidos com as comunidades, principalmente a regularização fundiária, a retirada das cercas e dos búfalos da baixada maranhense, a proibição da criação de camarão nos campos públicos, o fim do programa Simplifica Maranhão e a apuração rigorosa dos crimes cometidos contra camponeses, quilombola e indígenas no estado.
Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Maranhão é hoje o 3º estado em conflitos agrários no Brasil, tendo como principal causador de violência as questões relacionadas a disputas por terra.