RIO DE JANEIRO – O Vasco encerrou na manhã desta segunda-feira a preparação para o jogo contra a Universidad de Chile, terça-feira, às 21h30 (de Brasília), em São Januário. Será a primeira partida pela fase de grupos da Libertadores (antes, o Cruz-Maltino já passou por duas fases eliminatórias), e o técnico Zé Ricardo, embora já tenha em mento qual time escalar, preferiu fazer mistério e não revelou nem qual será o esquema tático adotado.
No clássico com o Fluminense, o Vasco entrou em campo no 3-5-2. Foi uma forma de observar a equipe em uma formação parecida com a utilizada pelos chilenos. Na vitória sobre o Madureira, o time, formado em sua maioria por reservas, voltou a atuar no 4-2-3-1.
– A equipe está definida. Temos agora só que descansar. Estamos trabalhando das duas formas e, por isso, podemos utilizá-las dentro do próprio jogo. Essa é a alternativa que eu quero. Dependendo do adversário, da competição. Temos uma forma de jogar. Os comportamentos não mudam – disse.
O Vasco realizou quase todo o treino desta segunda-feira com portões fechados. Quando os jornalistas foram liberados, alguns jogadores que costumam ser titulares já não estavam em campo.
Martín Silva, Pikachu, Paulão, Erazo e Henrique; Desábato, Wellington e Evander (só cobrava faltas); Wagner, Riascos, Paulinho e Rildo não treinavam mais com os companheiros. A dúvida, então, seria apenas no ataque. Os zagueiros Werley e Ricardo, que podem formar uma escalação com três defensores, treinavam.
– Os jogadores que vão jogar estão dentro daquilo que já vem se apresentando durante a temporada. Tínhamos uma proposta diferente de trabalho porque o grupo que jogou sábado tinha uma proposta físcia a cumprir. Outros trabalharam um pouco menos, outros um pouco mais. Por isso a divisão dos grupos – explicou Zé Ricardo, questionado sobre a ausência dos 12 jogadores.
Outros trechos da entrevista de Zé Ricardo:
“Competição traiçoeira”
O que passamos nos quatro primeiros jogos nos trouxe afirmações. A questão da confiança, de você entender que é uma competição muito difícil. É uma competição até traiçoeira. Tem de estar atento. Um simples ou mínimo descuido pode desenvolver um efeito cascata.
Temos de tentar o máximo possível se manter organizado. Dentro disso sabemos o que podemos render. Essa é nossa maior lição e o que esperamos levar à fase de grupos, com quatro grandes clubes disputando.
Chances de classificação do Vasco
Eu, desde quando acompanho a Libertadores, vi o Independiente del Valle disputar a final, o Olímpia, uma LDU, que também não se dava como favorito, o Once Caldas também… Então, os exemplos de acreditar no que podemos fazer estão aí.
Com um grupo tão equilibrado como o nosso, acho que temos de fazer pelo menos 11 pontos para não ter dúvidas. Com 10 pode até classificar, mas com 11 com certeza estaria entre os dois classificados.
Estratégia para encarar os chilenos
Acho que o Vasco vem mostrando uma forma de jogar, que é ter posse de bola, tentar fazer o jogo da nossa maneira. Acho que existem estratégias e estratégias para jogo, e amanhã temos uma bem definida, que vocês vão ter noção assim que o jogo começar.
BNC Esporte