BRASÍLIA – A média de gastos do cartão corporativo da Presidência da República em 2020 foi superior ao valor consumido pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) e se aproxima de Dilma Roussef (PT). O total consumido foi de R$ 7,86 milhões de dinheiro público até novembro. A informação foi publicada nesta 2ª feira (28.dez.2020) pela Folha de S.Paulo, que calculou o valor usando a base de dados do Portal da Transparência, de 2013 a 2020.
O valor médio gasto por mês é de R$ 672.100. A quantia representa crescimento de 51,7% em relação ao governo Temer (R$ 442.900) e é 2,6% menor que a fatura mensal da administração de Dilma (R$ 690.200). Os valores foram corrigidos de acordo com a inflação.
Os gastos do cartão corporativo do governo federal são realizados por servidores dos diferentes órgãos e ministérios. Como gastos do presidente Bolsonaro, foram considerados as despesas da Secretaria de Administração da Presidência da República. Isso não significa que o próprio presidente tenha realizado a despesa. A lista dos gastos detalhados, contudo, é mantida em sigilo.
As comparações são com base nas faturas do CPGF (Cartão de Pagamento do Governo Federal) da Secretaria de Administração da Presidência da República, que cuida das despesas de Bolsonaro, da família dele e de funcionários próximos, por exemplo, da Casa Civil.
O Palácio do Planalto afirmou que a maior parte dos gastos no cartão de Bolsonaro se refere a custos por causa de viagens pelo país e internacionais.
Também há a cobertura de desembolsos para eventos e manutenção da residência oficial, o Palácio da Alvorada, cujo dispêndio, segundo o governo, tem sido menor que o dos antecessores (Dilma e Temer).
Com Informações da Folha de São Paulo
BNC Política