BRASÍLIA – O Senador da República e vice-líder do governo Bolsonaro, Chico Rodrigues (DEM-RR) contratou o primo famoso do vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), Leonardo Rodrigues de Jesus, para ser seu assessor parlamentar, o segundo maior cargo no gabinete, com um salário de R$ 22,9 mil. Conhecido como Leo Índio, ele é figura frequente em fotografias ao lado do vereador Carlos (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro. O salário do cargo só é menor que o do chefe de gabinete, que recebe R$ 26,9 mil por mês.
Leonardo é estudante de administração e não tem experiência parlamentar. O senador afirmou à Folha de S. Paulo que a escolha do novo assessor se deu por “feeling” e “desenvoltura” após ter recebido indicação de uma assessora. Ele nega ter atendido a pedidos de emprego da família Bolsonaro e disse que a seleção se deu porque ele está “apostando em jovens”.
Segundo a Revista Época digital, Léo Índio é filho de Rosemeire Nantes Braga Rodrigues, que, por sua vez, é irmã de Rogéria Nantes, a mãe dos três filhos políticos de Bolsonaro: Flávio, Carlos e Eduardo.
Dos três, ele é mais próximo de Carlos, que o indicou como uma espécie de “informante” no Palácio do Planalto no início do governo. De acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”, Léo Índio esteve 58 vezes no Planalto nos primeiros 45 dias de governo, mais do que o próprio presidente (que esteve lá em 16 dias).
A nomeação foi antecipada pela revista “Crusoé”. Depois, o próprio Léo Índio fez uma publicação em sua conta no Instagram falando do novo emprego. Disse que sofre “ataques” por ser parente de Bolsonaro e afirmou que irá “trabalhar para mostrar o quão injustos são”.
Ele destacou que é defensor da meritocracia e ressaltou que suas “características profissionais são fruto de duas décadas de trabalho árduo e de preciosas lições aprendidas em família”. A postagem recebeu apoios, mas em sua maioria, os comentários contestam a contratação e o mérito de Léo Índio para a nomeação.
Sempre polêmico
Carlos Bolsonaro, conhecido como Carluxo, é dos filhos mais polêmicos de Bolsonaro e responsável pela rede social do presidente da República.
Recentemente, o vereador protagonizou ataques ao vice-presidente Hamilton Mourão e, por tabela, à ala militar do governo.
Na sexta-feira (26), reportagem da Folha de São Paulo revelou que Nadir Barbosa Goes, de 70 anos, moradora da cidade de Magé (RJ), a 50 quilômetros da capital fluminense, figurava até janeiro na lista de assessores de seu gabinete na Câmara Municipal do Rio. No entanto, ela disse à reportagem que nunca trabalhou para Carluxo. O caso levanta suspeitas de desvios de verbas da Câmara carioca.
Como oficial de gabinete, Nadir recebia uma remuneração de R$ 4.271 mensais. Ao receber ligação dos jornalistas, a idosa não quis responder quais atividades desempenhava e teria dito, ao final: “Fala com o vereador, que eu não sei de nada”.
Nadir é irmã do militar Edir Barbosa Goes, 71, assessor atual de Carlos Bolsonaro. A esposa dele, Neula de Carvalho Goes, 66, também foi exonerada pelo vereador logo após a posse do pai de Carlos na Presidência da República.
Com Informações da RBA
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