SANTA RITA – No último dia 11 de junho, um fato lamentável marcou a reinauguração de uma creche no povoado Recurso, no município de Santa Rita. Durante o evento, o pré-candidato a vereador, conhecido pelo apelido Joãozito, fez uma infeliz comparação ao se equiparar a uma mulher que sofre agressões do companheiro e, mesmo assim, opta por não denunciar o crime, preferindo permanecer na relação abusiva. Pra piorar, o discurso aconteceu em meio a inúmeras pessoas, inclusive ao lado do prefeito do município que não expressou nenhuma reação, mas sim pelo contrário, foi ovacionado pelos seus apoiadores. Vergonhoso!
Clique aqui para ouvir o desastroso áudio durante fala do pré-candidato a vereador sem noção.
Essa declaração não só evidencia uma total falta de sensibilidade e compreensão sobre a gravidade da violência doméstica, como também revela a cegueira política e o preocupante nível de pensamento de algumas pessoas que idolatram cegamente o chefe do poder municipal.
A cegueira política, um fenômeno alarmante, leva os indivíduos a apoiarem incondicionalmente certos líderes, mesmo diante de comportamentos e declarações inadmissíveis. Esse comportamento reflete um nível de pensamento acrítico e uma falta de discernimento preocupante, onde o apoio é concedido não com base em méritos ou ações positivas, mas sim em uma fidelidade cega e desinformada. No caso de Joãozito, a sua tentativa de justificar sua postura política através de uma analogia tão insensível e inadequada não apenas banaliza a gravidade da violência contra a mulher, mas também reforça uma cultura de impunidade e normalização da violência.
A violência doméstica é um crime grave e amplamente presente em nossa sociedade. Milhares de mulheres sofrem em silêncio, muitas vezes devido ao medo de represálias, dependência emocional ou financeira, ou pela falta de apoio e recursos para escapar de situações abusivas. Naturalizar ou minimizar esse tipo de violência, como fez o pré-candidato, é um desserviço à luta contra a violência de gênero e à promoção dos direitos humanos.
É imperativo que como sociedade combatamos essa violência com firmeza e clareza, repudiando qualquer tentativa de banalização ou justificativa. A violência contra a mulher deve ser enfrentada com políticas públicas eficazes, educação e conscientização, além do fortalecimento de redes de apoio e proteção às vítimas.
Além disso, é crucial promover uma reflexão sobre a qualidade de nossos representantes políticos e a responsabilidade de seus discursos. A idolatria cega e o apoio incondicional a figuras de poder, sem uma análise crítica de suas ações e palavras, podem levar ao perpetuamento de comportamentos nocivos e prejudiciais. É necessário um compromisso coletivo com a ética, a justiça e a empatia, para que possamos construir uma sociedade mais segura, justa e igualitária para todos.
Essa não é a primeira vez que Joãozito se envolve em polêmicas. Não faz tanto tempo assim, um outro áudio dele se espalhou nas redes sociais ganhando grande repercussão. Ouça mais uma vez o áudio da polêmica passada, de autoria do mesmo pré-candidato a vereador sem noção, apoiador do grupo Gonçalo.
BNC Política