GRANDE ILHA – Moradores dos bairros do entorno da construção da Ponte Pátio Norte, que interligará a MA-201 e a Avenida Jerônimo de Albuquerque, aprovam a realização da obra e adiantam os benefícios que a nova construção levará ao local. Serão 220 metros de comprimento por 11 metros de largura, interligando os municípios de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e São Luís.
A ponte vai dar agilidade no deslocamento das pessoas no trânsito dentro da Região Metropolitana de São Luís. A previsão de entrega da obra pelo Governo do Maranhão é para o início do segundo semestre de 2018.
Para realizar a obra, foi feita primeiramente a instalação da chamada “ponte branca”. É nada mais nada menos do que uma ponte de madeira, construída previamente para proporcionar mobilidade aos funcionários da obra durante a construção da ponte oficial de concreto, que fica acima da ponte branca. A estrutura provisória será retirada no término da obra. O ritmo da construção segue do sentido Jerônimo de Albuquerque para a MA-201.
Obra difícil
“Para a gente fazer a cravação dos blocos, precisamos dar condução ao Bate-Estacas [equipamento utilizando para cravar as estacas que se tornam a base para a construção da ponte oficial], então, construímos a ponte branca”, explica o engenheiro ambiental da obra, Adriano Martins.
“Em seguida, vamos dando extensão à ponte, levando os equipamentos mais pesados por esta de madeira.”
A construção de pontes nas rodovias que interligam a região Metropolitana de São Luís e a recuperação das MAs 201 e 202 são ações que, somadas às outras intervenções como alteração geométrica da Forquilha, vêm criando caminhos e alternativas para um trânsito melhor.
Elas também promovem mais desenvolvimento, atração de empresas, geração de emprego e renda e a qualidade de vida para pessoas como Nélio José de Jesus, de 60 anos, morador do Cajueiro há 40 anos, um dos bairros que serão cortados pela ponte.
“Nenhum governo tinha realizado uma obra de melhoria aqui. Isso vai trazer muito benefício, porque vamos ter mais acesso. Para a gente ir ao outro lado, tínhamos que ir pela Forquilha, o que gastava muito tempo. Era perto e longe ao mesmo tempo. Isso vai fazer com que nossa área fique mais movimentada. Estou muito grato”, diz ele.
Para todos
O morador Renato Durans Fonseca, de 63 anos, trabalha com o transporte de materiais em uma carroça no entorno do bairro. Para ele, a ponte chegará na hora certa: “Vai ficar muito boa, porque não vamos ter que ir lá na Forquilha para vir bem aqui no Cohatrac. A obra está bem adiantada. Não vai ser uma melhoria isolada da nossa comunidade, será para todos. Vai ser muito bom. Meu filho trabalha do outro lado, minha irmã também”.
Já Deusilene Vieira Diniz, de 37 anos, disse que a chegada da ponte vai reduzir o esforço de quem precisa pegar ônibus. “Para a gente sair do bairro, precisamos pegar ônibus lá na avenida, passar pela Forquilha para ter que chegar em algum lugar fora daqui. Agora encurtará a nossa viagem. Vai melhorar muito”, pontua.
Fim do abandono
Para Selma Ribeiro, 50 anos, moradora e comerciante no bairro Morada Nova, essa é a primeira vez que um gestor da administração pública estadual realiza uma obra para a comunidade.
“Eu sou moradora daqui há 14 anos e nós precisamos de melhorias. Nosso governador está dando maior apoio ao nosso lugar, que é Paço do Lumiar, o que vai melhorar muito o acesso ao Cohatrac, à Cohab, que passará a ser mais rápido. Antes, nenhum governador tinha vindo trazer um benefício como esse. Nós estávamos abandonados”, comenta.
O secretário de Estado da Infraestrutura, Clayton Noleto, diz que “o Governo Flávio Dino, sensível às demandas da comunidade, investe fortemente na mobilidade urbana para melhorar as condições de vida da população”.
“São mudanças na geometria do trânsito, pavimentação de ruas e avenidas por meio do Programa Mais Asfalto que garantem melhores condições de vida para as pessoas que passam a ter mais tempo para as famílias e menos tempo gasto para chegar aos lares”, acrescenta.
Obras
Interligando as regiões da Grande Ilha, as obras seguem de forma contínua na construção de três pontes: da Juçara, do Parque Vitória e do Pátio Norte. Orçadas em R$ 13,7 milhões, elas facilitarão o acesso dos mais de 1,4 milhão de moradores da região.
Área ambiental
Na parte ambiental, a obra segue criteriosamente a legislação para que o impacto na área seja o menor possível. “Temos diversas formas de prever e prevenir os impactos. Uma delas é a questão dos resíduos sólidos, em que acondicionamos estes resíduos e encaminhamos para as empresas para fazer a destinação final corretamente. Estamos contemplando o plano de recuperação da área degrada na área da bacia hidrográfica do Rio Paciência”, ressalta o engenheiro ambiental da obra, Adriano Martins.