GRANDE ILHA – Os professores Ana Caroline Oliveira (UFMA), Daisy Damasceno Araújo (IFMA), Rodrigo Theóphilo Folhes, pesquisador Agerp, e a professora Katia Núbia Ferreira Corrêa, se uniram para criar o coletivo Mururu e nesse coletivo, criar o projeto da Rede (CO)Vida, uma rede de mapeamento da pandemia de covid-19 entre os povos indígenas no Maranhão.
Segundo a professora Ana Caroline, do curso de Ciências Humanas-Sociologia (câmpus São Bernardo) e do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da UFMA, o objetivo da rede é sistemarizar os dados epidemiológicos que são divulgados sobre a pandemia no Maranhão e refletir sobre a realidade da assistência à saúde destinada aos povos indígenas localizados o estado.
“Para a divulgação da Rede (CO) Vida criamos uma conta no Instagram e um site que atualizamos constantemente com os boletins epidemiológicos. Além dos boletins publicamos as homenagens das vidas indígenas que se foram no espaço dedicado ao memorial dos povos indígenas nas nossas redes. Nosso primeiro boletim foi publicado no dia 31 de maio de 2020. De lá para cá foram postados 05 boletins epidemiológicos”, detalhou.
O coletivo Mururu nasceu de uma inquietação acerca dos impactos do novo coronavírus na vida dos povos indígenas no Maranhão e do possível grau de letalidade. O grupo é formado por antropólogos, historiadores e indigenistas que atuam diretamente com os povos indígenas, tanto em atividades de pesquisa, como em ações indigenistas.
Esse é um coletivo e um projeto que une, em parceria, a UFMA, por meio do câmpus de São Bernardo e do PGCult, o IFMA, por meio do Núcleo de Estudos Afro brasileiros e Indígena do câmpus Coelho Neto, e, inicialmente, com a Cartografia Novo olhar, que contribuiu na produção dos mapas. Atualmente, as parcerias da rede que contribuem com os dados coletados são a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), o Comitê Estático do Maranhão, e principalmente, os povos indígenas do Estado.
Os pesquisadores buscam refletir a realidade da assistência à saúde, entre outras políticas públicas, destinada aos povos indígenas que habitam o estado do Maranhão. “Para qualificar a apresentação dos dados, respeitando a diversidade indígena existente no Maranhão, buscamos ampliar a ajuda e participação dos indígenas, suas entidades representativas e outros aliados, para juntos somarmos esforços no enfrentamento dessa crise sanitária e política”, explicou Ana Caroline.
Os dados são obtidos a partir das informações divulgadas pelas secretarias de saúde tanto do Estado quanto do município. Ela afirma que esses dados são comparados com os disponibilizados pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), pelos órgãos indigenistas da sociedade civil e organizações indígenas. “Procuramos agrupar dados de diferentes fontes para tornar a informação mais qualificada e de fácil visualização. Um ponto essencial é a comunicação direta com membros dos diversos povos que compõe os coletivos indígenas no Estado do Maranhão”, completou.
Para saber mais, acesse o site ou o instagram.
Com informações do site da UFMA
BNC Educação