GRANDE ILHA – As fortes chuvas acima da média histórica na Grande Ilha têm provocado transtornos aos moradores. Nesse fim de semana, em 12 horas, choveu o esperado para metade do mês de março. Obras feitas desde 2015, entretanto, evitaram o colapso no trânsito e têm amenizado o impacto negativo para a circulação de carros e pessoas em São Luís, Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar.
Um dos principais exemplos é a Forquilha. Além de colocar fim aos históricos congestionamentos no local, a obra do Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de São Luís, acabou com os frequentes alagamentos na região. Isso foi possível porque foram feitas drenagens profundas em 5 quilômetros da região. A drenagem tem o objetivo de impedir que a água fique acumulada nas ruas.
Boa parte da complexidade da obra está debaixo do asfalto e não pode ser vista. Para dar vazão à correnteza causada pelo excesso de água da chuva, foram fincados tubos circulares de concretos de vários tamanhos debaixo do asfalto. Alguns desses tubos chegam a 1,5 metro de diâmetro. Os tubos formam um sistema que permite o escoamento da água.
Outro exemplo é a Estrada da Mata, importante acesso à MA-201, passou por pavimentação e drenagem. Foram 9 quilômetros de asfalto e 1.600 metros de drenagem.
As MAs 201, 202, 203 e 204 também tiveram obras e sistemas de drenagem para permitir a circulação de veículos durante as épocas de chuva.
Bairros
Com as pavimentações do Mais Asfalto nos bairros, moradores e veículos passaram a circular com mais facilidade. Entre os exemplos estão dezenas de ruas da Cidade Olímpica, a segunda maior ocupação da América Latina.
“Quando chovia era horrível, a gente tinha que ir para outra avenida para pegar ônibus. Hoje dá até para fazer umas caminhadas”, comentou Rosana Gomes, de 31 anos, moradora da avenida dos Agricultores, principal via da Cidade Olímpica.
Nem só as vias receberam obras contra alagamentos. Prédios também passaram por mudanças estruturais. É o caso da escola João Mohana, que atende uma média de 150 alunos na faixa etária de 2 a 18 anos com deficiência intelectual e transtorno do espectro autista e nunca havia passado por reforma estruturante.
Obras na Estrada da Mata (Foto: Divulgação)
Como o local sofria alagamentos no período chuvoso, os serviços incluíram a drenagem interna, com a troca de tubulações, e drenagem externa, com a implantação de galerias de concreto.
Na área interna da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) também foram feitas obras para combater o velho problema de alagamentos que predominava no local.
Período mais chuvoso em 48 anos
A chuva desse fim de semana foi a mais volumosa em 48 anos na capital maranhense, de acordo com Instituto Nacional de Meteorologia (InMet). Desde 1971, São Luís não via tanta chuva em um intervalo de 48 horas.
Entre 9h de sábado (23) e 9h de domingo (24), foram 236 milímetros de chuva – o equivalente a metade do esperado para todo o mês de março.
BNC Cidades