BRASÍLIA – – O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou que a decisão da demissão é de “foro íntimo do presidente”. O substituto será o general da reserva Floriano Peixoto Neto.
“O excelentíssimo senhor presidente da República Jair Messias Bolsonaro decidiu exonerar nesta data, do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, o senhor Gustavo Bebianno Rocha. O senhor presidente da República agradece sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso em sua nova caminhada”, declarou o porta-voz.
Segundo o jornal O Globo, ainda houve uma tentativa de manter o ministro. Bolsonaro ofereceu a ele o comando da embaixada em Roma, na Itália.
O ministro Bebianno é responsabilizado pelo uso fraudulento de verbas do Fundo Partidário com candidatos laranjas do PSL, partido do presidente.
Ao negar haver uma crise por conta disso e revelar que já havia falado sobre o assunto com Bolsonaro, o ministro foi chamado de mentiroso pelo filho do presidente. Bolsonaro deu demonstração de apoio ao filho e admitiu demitir Bebianno.
Agora não se sabe qual será a reação do ministro que já insinuou saber de muita coisa. “Preciso pedir desculpas ao Brasil por ter viabilizado a candidatura de Bolsonaro. Nunca imaginei que ele seria um presidente tão fraco”, disse ele a um blog.
A líder da Minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) já havia questionado a conduta de Bolsonaro no episódio. “Será que o presidente ficou intimidado com o poder de fogo de seu aliado?”
“Bebianno chamou Bolsonaro de louco, fraco e um perigo para o Brasil. Vindo de quem o conhece bem de perto e que convivia com ele não há o que duvidar. O Brasil está em péssimas mãos. O destino da população foi entregue para alguém que não tem a mínima ideia do que fazer na Presidência”, disse ela.
Da redação em Brasília