BRASÍLIA – Em pronunciamento nesta quarta-feira (3), o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), disse que a meta da pasta para 2024 é reduzir o tempo de espera para análise de pedidos assistenciais ou previdenciários no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para 30 dias. O prazo legal para a análise dos benefícios é de 45 dias. Atualmente, os requerentes aguardam em média 49 dias para a conclusão dos processos.
Lupi destacou a complexidade do desafio diante do expressivo volume mensal de novos pedidos, que chegam a 1 milhão. “Todo mês, entram 900 mil pedidos, 1 milhão de pedidos novos, então todo mês terão pelo menos 900 mil, 1 milhão de pessoas pedindo, e ninguém resolve assim. Tem de conferir documento, tem de ser justo”, afirmou o ministro em entrevista ao jornal O Globo.
Mais cedo, durante a cerimônia de abertura do curso de formação dos aprovados no último concurso do INSS, Lupi reiterou sua determinação: “Eu quero, nesse ano de 2024, chegar à data de 30 dias de espera para conclusão do benefício. O que quer dizer? Que no próprio mês que a pessoa dê entrada, conclua o processo”.
No entanto, ele ressaltou que a fila do INSS “nunca vai acabar”, argumentando a necessidade de tempo para uma análise minuciosa da documentação. “Quem diz que vai acabar a fila é mentiroso”, completou.
Revisão das expectativas anteriores
Ao assumir o ministério em janeiro de 2023, Lupi havia prometido zerar as filas do INSS até o final do mesmo ano. Entretanto, em agosto, diante do aumento de novos pedidos, o ministro reviu suas expectativas, afirmando que a eliminação completa da fila “nunca” aconteceria.
“O meu desafio é que ao mesmo tempo que você tem que reduzir a fila, que chegou a mais de 1,8 milhão, você tem também o fluxo, diário e mensal de pedidos iniciais. A fila nunca vai zerar, mas o prazo médio de concessão vai ficar nos 45 dias em dezembro, com certeza”, declarou na ocasião ao jornal O Globo.
Carlos Lupi destacou que, após alcançar a redução do tempo de espera na fila, o próximo desafio será “humanizar” o atendimento do INSS. Em dezembro, durante a cerimônia de encerramento das comemorações dos 100 anos de existência da Previdência Social, ele ressaltou a importância da entrada de mais servidores para tornar mais humanizados os serviços prestados à população. “Não existe humanização sem servidores realizando atendimento presencial nas agências. Nenhuma tecnologia pode substituir o ser humano”, afirmou na ocasião.
Com informações do O Globo
BNC Brasil