BRASÍLIA – A equipe econômica que compõe o grupo de transição se reuniu com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na terça-feira (29), em Brasília, para traçar o cenário econômico encontrado e as possibilidades para a volta do crescimento.
Como informado pelo jornal Folha de São Paulo, Lula pontuou que as prioridades do seu governo, com base na economia, são tratar a situação da fome no país – que já alcança 33 milhões de pessoas – e fomentar a geração de empregos.
Durante horas, Lula ouviu os coordenadores do grupo técnico Nelson Barbosa, Guilherme Mello, Persio Arida, André Lara Resende, entre os outros participantes. O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), a presidenta do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann, o ex-ministro Fernando Haddad (PT) e o coordenador dos grupos técnicos, Aloizio Mercadante (PT) também estiveram na reunião.
Foi debatida a PEC de Transição, que tira o Bolsa Família dos gastos orçamentários previstos, assim como propostas para atrair investimentos estrangeiros e o tratamento do âmbito fiscal para o próximo ano.
De acordo com a colunista de O Globo, Míriam Leitão, os economistas que compõe o grupo técnico, mesmo de matizes diferentes, concordam que o aumento de gastos é necessário, com base em critério do PIB, e que é necessária uma nova âncora fiscal em substituição ao “teto de gastos”.
Dentro desse critério, a opção é a de aumentar os gastos proporcionalmente ao PIB. Como opções a uma nova âncora fiscal, não se tem declarações públicas. Mas o que usualmente se debate, entre economistas, está basear o orçamento, efetivamente, no crescimento da economia, atrelar a parte fiscal na relação entre dívida pública e PIB, ou uma nova âncora fiscal com base no resultado fiscal primário.
BNC Brasil