SÃO PAULO – Os alimentos foram os “vilões” do aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação de dezembro. No ranking das 50 maiores altas, 39 itens fazem parte do grupo Alimentação e Bebidas. A cebola encabeça a lista.
Etanol foi o único combustível que entrou na lista das maiores altas.
Dos nove grupos pesquisados, o de Alimentos e bebidas teve o maior impacto tanto no índice de novembro para dezembro quanto no do ano de 2022.
Nas maiores baixas, 30 são alimentos, com destaque para o leite longa vida. Na lista entram ainda gás veicular e óleo diesel.
Acumulado de 12 meses
No ano de 2022, os destaques de recuo ficaram com o etanol, a gasolina e a energia elétrica. Do total de 50 itens, 25 são alimentos.
Pelo lado das altas, a cebola novamente ficou em primeiro lugar no ranking e foi o item que mais subiu em 2022. Entre as 50 maiores altas, 35 são alimentos.
A passagem aérea e o óleo diesel também são destaques de alta.
IPCA-15 fecha 2022 com menor taxa em 20 meses
O IPCA-15 ficou em 0,52% em dezembro, informou nesta sexta-feira (23) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, o índice fechou o ano de 2022 com variação acumulada de 5,90%, menor taxa em 20 meses – a menor taxa até então havia sido em março de 2021 (5,52%). Em 2021, a prévia da inflação havia sido de 10,42%, a maior para um ano desde 2015.
Transportes e Alimentação e bebidas foram responsáveis pelo maior impacto no mês de dezembro. No ano, o maior impacto veio de Alimentação e bebidas.
Veja a variação dos grupos na comparação entre novembro e dezembro:
- Alimentação e bebidas: 0,69%
- Habitação: 0,40%
- Artigos de residência: -0,46%
- Vestuário: 1,16%
- Transportes: 0,85%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,40%
- Despesas pessoais: 0,39%
- Educação: 0,00%
- Comunicação: 0,18%
Veja a variação no acumulado de 12 meses dos grupos pesquisados:
- Alimentação e bebidas: 11,96%
- Habitação: 0,24%
- Artigos de residência: 8,39%
- Vestuário: 18,39%
- Transportes: -1,01%
- Saúde e Cuidados pessoais: 11,24%
- Despesas pessoais: 7,54%
- Educação: 7,37%
- Comunicação: -1,17%
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