GRANDE ILHA – O I Seminário Comunicação e Poder no Maranhão ocorrerá nos dias 24 e 25 de outubro, no auditório central da UFMA, campus do Bacanga, em São Luís. As atividades iniciam (24) com uma exposição fotográfica e seguem com três mesas de debate, oficina de audiovisual, sorteio de livros, exibição de filmes e esquetes teatrais (veja abaixo a programação completa).
A participação no evento é livre. Inscrição gratuita, com direito a certificado, pode ser feita no endereço https://goo.gl/forms/FPIv2xG2Q69RshKt2 ou na sede da Apruma, na Área de Vivência, no Campus do Bacanga. Haverá também inscrição para monitores pelo fone (98) 9 8408- 8580. As vagas para monitores são limitadas.
O evento vai reunir profissionais de comunicação, indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco, ativistas, sindicatos, pesquisadores, pastorais sociais, comunicadores populares e estudantes para dialogar sobre o cenário da comunicação no Maranhão. A mesa de abertura terá como tema as relações entre mídia empresarial, concentração de poder, patrocínio governamental e cooptação da imprensa. Ao final do evento, será divulgada uma carta aberta sistematizando os principais temas abordados. Os palestrantes são do Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo.
A oficina será realizada por integrantes do Coletivo Pavio, de São Paulo, e será voltada para vídeo-reportagem (inclusive com o uso do celular), utilizando teorias e técnicas do cinema popular, do jornalismo de guerrilha e do documentário.
Os organizadores do I Seminário “Comunicação e poder no Maranhão” são Jornal Vias de Fato, Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço-MA), Coletivo Nódoa, Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão, CSP-Conlutas, Sindicato dos Bancários, Blog Buliçoso, Movimento de Defesa da Ilha de São Luís, Carabina Filmes, Casa 161 (residência artística) e da Apruma, entidade que representa os professores da Universidade Federal do Maranhão e que estará também assinando os certificados.
Entre os apoiadores está o Observatório de Experiências Expandidas em Comunicação (OBEEC/UFMA), além de pastorais sociais, grupos de estudos universitários, defensores dos direitos humanos, coletivos, movimentos e sindicatos. O seminário tem o apoio pedagógico do Núcleo Piratininga de Comunicação e da Sociedade Maranhense de Mídia Alternativa e Educação Popular Mutuca.
A festa de encerramento será regada a reggae, no bar Odeon Sabor e Arte (Centro Histórico), organizada pela Casa 161 Residência Artística.
Veja, abaixo, a programação completa:
I Seminário Comunicação e Poder no Maranhão
Data: 24 e 25 de outubro de 2017
Local: Auditório Central da UFMA
Programação:
Dia 24/10 (terça-feira)
8h – Credenciamento
8h30 – Abertura da exposição fotográfica “Tentaram nos enterrar, mas não sabiam que éramos sementes”, da Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão.
9h30 – Saudação dos organizadores
10h – Mesa de debate com o tema “Mídia empresarial, concentração de poder, patrocínio governamental e cooptação da imprensa”.
Mediadora: Flávia Regina Melo – Jornalista, trabalhou em TV e jornal. Fez assessoria no setor público e privado. Foi Secretária de Estado da Comunicação no Maranhão e uma das fundadoras da Revista Parla. Hoje edita o Blog Buliçoso.
Debatedores
Gustavo Gindre – Jornalista e integrante do Coletivo Brasil de Comunicação Social (Intervozes) de São Paulo. Especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual. Foi membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil.
Gil Quilombola – É um dos articuladores do Movimento Quilombola do Maranhão (Moquibom). Em 2012, recebeu, no Rio de Janeiro, o Prêmio João Canuto de Direitos Humanos, entregue pelo Movimento Humanos Direitos (MHuD).
Emilio Azevedo – Jornalista, autor de livros-reportagem. Em 2006, em São Luís, foi um dos organizadores do Vale Protestar, movimento que associou teatro popular e comunicação alternativa. É um dos fundadores do Vias de Fato.
14h – Sorteio de livros
14h30 – Mesa de debate com o tema “Participação social, orçamento público e democratização da comunicação”.
Mediador: Cláudio Mendonça – É professor do Colégio Universitário (Colun/UFMA) e atual diretor de Relações Sindicais da Apruma, o sindicato dos professores da Universidade Federal do Maranhão, seção do Andes-SN.
Debatedores
Claudia Santiago – Jornalista e historiadora, integra a coordenação do Núcleo Piratininga de Comunicação (Rio de Janeiro), instituição que é referência no estudo da comunicação popular e sindical, no Brasil.
Wagner Cabral da Costa – Historiador, professor da Universidade Federal do Maranhão, pesquisador da estrutura oligárquica maranhense. Foi presidente da Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos (SMDH).
Saulo Arcangeli – É sindicalista. Um dos coordenadores do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU do Maranhão (Sintrajuf) e membro da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular.
19h – Exibição de filmes:
Tocar fogo no mudo – linchamento Gamela, de Andressa Zumpano, Ana Mendes e Cimi (Conselho Indigenista Missionário).
Em busca do bem viver, de Murilo Santos, com produção das Pastorais Socais.
Dia 25/10 – Quarta-feira
8h – Sorteio de livro
9h – Oficina
Esta oficina será realizada por dois jornalistas, Caio Castor e Pedro Ribeiro Nogueira, da Agência Pavio (São Paulo). Será uma atividade voltada para vídeo-reportagem (inclusive com o uso do celular), utilizando teorias e técnicas do cinema popular, do jornalismo de guerrilha e do documentário. Tem o objetivo de fortalecer o surgimento de novas/os comunicadoras/os populares, ajudando a desconstruir a figura vertical do comunicador, propondo a ação audiovisual como ferramenta de mobilização e transformação social.
14h – Sorteio de livros
14h30 – Mesa de debate com o tema “Os desafios de uma comunicação popular”
Mediadora: Marivania Furtado – Cientista social e professora. É coordenadora do Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Lutas Sociais, Igualdade e Diversidade (Lida), da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Coordenadora da Licenciatura Intercultural Indígena.
Debatedores
Rosenilde Gregório (Rosa) – É quebradeira de coco, uma das fundadoras do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) e hoje faz parte da coordenação desta organização. Na década de 1980, esteve entre as primeiras mulheres a entrar no sindicalismo rural do Maranhão, se impondo diante do machismo vigente.
Ed Wilson Araújo – Jornalista e professor do Curso de Rádio e TV da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). É o atual presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias no Maranhão (Abraço-MA). Editor do Blog do Ed Wilson (edwilsonaraujo.com.br).
Kum`tum Akroá Gamela – Agente pastoral, foi coordenador da Comissão Pastoral da Terra no Maranhão (CPT-MA). Indígena Gamela, vive hoje novamente na Baixada maranhense, lutando ao lado do seu povo, pela retomada das terras que lhes foram roubadas.
Pedro Ribeiro Nogueira – Jornalista, um dos fundadores da Agência Pavio (São Paulo). Trabalhou, entre outros, para o Portal Terra, Plataforma Cidades Educadoras, jornal Le Monde Diplomatique e nas revistas Sem Terra e Caros Amigos.
18h – Leitura da carta do I Seminário Comunicação e Poder no Maranhão
19h – Festa “Reggae Resistência”, evento de encerramento do I Seminário Comunicação e Poder no Maranhão, organizada pela Casa 161 Residência Artística, no Odeon Sabor e Arte, com shows de Núbia e da Banda Casarão Verde. O ingresso da festa será R$ 20,00, com meia para estudantes (R$ 10,00). Os ingressos para a festa podem ser adquiridos, antecipadamente, no site https://www.sympla.com.br/reggae-resistencia__196809
Organização:
Jornal Vias de Fato; Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço-MA), Coletivo Nódoa, Apruma/Andes-SN, Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão, CSP-Conlutas, Sindicato dos Bancários, Blog Buliçoso, Movimento de Defesa da Ilha de São Luís, Carabina Filmes, Casa 161 (Residência Artística).
Apoio Pedagógico:
Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Lutas Sociais, Igualdade e Diversidade (Lida) da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA); Núcleo Piratininga de Comunicação (Rio de Janeiro) e Sociedade Maranhense de Mídia Alternativa e Educação Popular Mutuca.
Apoio:
Caritas Brasileira, Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, Comissão Pastoral da Terra (CPT-MA), GEDMMA (UFMA), Gepes (UFMA), Irmãs de Notre Dame, Justiça nos Trilhos, MIQCB, Moquibom, Nera (UFMA), Nuruni (UFMA), Observatório de Experiências Expandidas em Comunicação (ObEEC/UFMA), Quilombo Urbano, Rádio Boa Notícia (Balsas), Rede Amiga da Criança, Sinasefe/Maracanã, Sinasefe/Monte Castelo, Sindsalem, Sindsep e Sintsprev.
Fonte: Blog Ed Wilson
BNC Cidade