BRASÍLIA – O Brasil subiu 20 posições em 2024 e passou a ocupar a 25ª colocação de um total de 82 países na lista mundial da indústria de transformação, produzida pela agência da ONU para Promoção do Desenvolvimento Industrial (Unido). É o melhor desempenho do País desde 2019. Em 2023, o Brasil era o 45º.
Pelas redes sociais, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin, comemorou o resultado: “(É) uma demonstração clara de que a parceria entre o governo do presidente Lula e nossos empresários está dando resultados concretos, aumentando a competitividade da nossa economia e gerando empregos de qualidade”.
Em 2024, a indústria de transformação brasileira cresceu 3,2%, considerando o ajuste sazonal, índice acima da média mundial, que foi de 2,3%. As primeiras posições do ranking são ocupadas por Macau, que registrou um salto de 35,7% e Taiwan, com 12,3%.
Na avaliação de Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, o avanço da indústria brasileira é “resultado do esforço do governo Lula em neoindustrializar o país a partir de políticas públicas articuladas e inovadoras, especialmente a Nova Indústria Brasil (NIB).”
Conforme balanço de um ano divulgado em fevereiro pelo governo, a NIB acumulou R$ 3,4 trilhões de investimentos. Desse total, R$ 1,2 trilhão é público, incluindo R$ 507 bilhões do Plano Mais Produção para financiamento de ações da neoindustrialização até 2026, além de recursos de iniciativas como o Mover e de programas alinhados, como o Novo PAC e o Plano de Transformação Ecológica. Os outros 2,2 trilhões foram anunciados pelo setor produtivo.
Nesse período, além do impulso à indústria, o plano também contribuiu para o crescimento de 9,1% do setor de bens de capital e de 3,5% no de bens de consumo, sendo de 10,6% de bens de consumo duráveis.
O resultado dos investimentos tem sido sentido desde o faturamento das empresas até os ganhos para os trabalhadores. No ano passado, somente a indústria de transformação atingiu seu melhor faturamento em 14 anos, com um crescimento de 5,6% em relação a 2023, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Tal avanço fez com que, em 2024, a indústria criasse quase 307 mil empregos formais, crescimento de 3,56% no ano, segundo dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego. O segmento de transformação foi o principal responsável pelo avanço, com 282,5 mil novas vagas. Já a massa salarial aumentou 3%.
Para este ano, em meio às incertezas causadas pelo tarifaço de Donald Trump, o Brasil — assim como outros países — deve ser afetado em seus negócios. Na previsão mediana no mercado, de acordo com o Valor Data, a alta na produção industrial deve ficar em torno de 1,6%.
BNC Economia