MOSCOU – Tite não queria começar a coletiva de imprensa após o empate entre Brasil e Suíça em 1 a 1, neste domingo, falando sobre a arbitragem. Foi inevitável, e mesmo sem subir o tom, criticou a decisão do árbitro mexicano César Ramos, que não marcou falta de Steven Zuber em Miranda.
Ele foi questionado sobre a polêmica jogada e se deveria ter acontecido mais pressão sobre a arbitragem. “Gostaria de responder outra pergunta, sobre performance, e não uma com conotação de desculpa, mas não vou fugir. Absolutamente não, não tem que pressionar a arbitragem. Há todo o processo, tem pessoas que avaliam os lances. Não posso fazer do Brasil um time que fica falando com a arbitragem. O lance do Miranda é muito nítido, muito claro, não é pouco claro, é muito claro”.
Sobre outra jogada que gerou reclamação dos brasileiros – um possível pênalti em Gabriel Jesus no segundo tempo -, o treinador afirmou se tratar de lance passível de interpretação, diferentemente do que aconteceu com o zagueiro. Tite revelou que o defensor conversou com ele depois da partida, afirmando que deveria ter caído no gramado, algo prontamente rechaçado pelo comandante.
A Suíça cometeu 19 faltas, contra 12 do Brasil. Somente Neymar sofreu dez, e o técnico brasileiro disse que não vai mudar a orientação a seus comandados. “Nós queremos jogar, queremos jogo, e a orientação é sofreu a falta, pega a bola e cobra rápido”, explicou.
Sobre o jogo, Tite admitiu que o time sofreu com a ansiedade da estreia em Copa do Mundo. “Oscilamos em algumas partes, até o gol o time colocou um volume muito forte e retraiu demais depois, o que não é nosso normal. Xhaka conseguia articular e no intervalo corrigimos esse posicionamento, para que houvesse uma saída mais adiantada. Pela qualidade do adversário, ele conseguiu a partir do gol, por quinze minutos, jogar mais, depois equilibrou de novo. A ansiedade bateu forte, apressou demais. Isso foi traduzido em finalizações. Como tu apressa demais, seu último movimento fica impreciso”.
BNC Esporte