BRASÍLIA – O ano de 2024 se encerra com mais uma notícia positiva para o país: o desemprego continuou caindo no trimestre encerrado em novembro, chegando a 6,1%, novamente o mais baixo patamar da série histórica, iniciada há 12 anos. Nesse cenário, o total empregados no país também bateu novo recorde, chegando a 103,9 milhões de trabalhadores.
A queda no desemprego foi de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, de junho a agosto, quando ficou em 6,6%. Naquele momento, também houve redução de 1,4 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2023, que foi de 7,5%. Os dados fazem parte da PNAD Contínua, do IBGE, divulgados nesta sexta-feira (27). A taxa atual equivale a 6,8 milhões de pessoas em busca de emprego no país, o que representa o menor contingente desde o trimestre terminado em dezembro de 2014.
Em um trimestre, 510 mil pessoas deixaram o desemprego. Em comparação ao mesmo trimestre de 2023, 1,4 milhão de pessoas saíram da população desocupada.
“O ano de 2024 caminha para o registro de recordes na expansão do mercado de trabalho brasileiro, impulsionado pelo crescimento dos empregados formais e informais”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE.
Ainda segundo a pesquisa, a taxa de desocupação ficou 8,8 pontos percentuais abaixo do recorde da série histórica da PNAD Contínua, de 14,9%, atingido no trimestre encerrado em setembro de 2020. Já o número de desocupados está 55,6% abaixo do recorde da série de 15,3 milhões, verificado no primeiro trimestre de 2021.
No que diz respeito à população empregada (103,9 milhões), o índice havia caído ao menor contingente na série histórica (82,6 milhões) no trimestre encerrado em agosto de 2020. De lá para cá, houve alta de 25,8%, o equivalente a 21,3 milhões de pessoas a mais no mercado de trabalho.
“Com nova alta da ocupação no trimestre encerrado em novembro, o país tem recordes também entre os empregados no setor privado (53,5 milhões) e os trabalhadores com carteira assinada (39,1 milhões), além dos empregados no setor público (12,8 milhões). O nível de ocupação, ou seja, a proporção de pessoas com 14 anos ou mais de idade que estavam trabalhando, foi recorde, novamente, chegando a 58,8%”, analisa o IBGE.
Setores e rendimentos
Dentre as dez atividades analisadas pelo IBGE, quatro se destacaram com os melhores desempenhos. A de construção cresceu 3,6%; a indústria, 2,4%; serviços domésticos 3% e administração pública, 1,2%.
“A expansão da ocupação por meio de diversas atividades econômicas vem permitindo que tanto os trabalhadores de ocupações elementares quanto os de serviços profissionais mais avançados sejam demandados, expandindo o nível da ocupação geral da população ativa”, avalia Adriana.
No caso do rendimento real dos trabalhadores, que ficou em torno de R$ 3.285, houve estabilidade. Mas, quando analisada a massa total de rendimentos, também foi registrado novo recorde, chegando a R$ 332,7 bilhões, com alta de 2,1% (mais R$ 7,1 bilhões) no trimestre e de 7,2% (mais R$ 22,5 bilhões) no ano.
Com informações do IBGE
BNC Brasl