NOVA YORK – O medicamento é um antiparasitário e é usado para tratar piolhos e sarna, podendo ser tomado por via oral ou aplicado diretamente na zona da pele infetada.
O professor Andrew Hill, docente e investigador na Universidade de Liverpool, no Reino Unido, foi incumbido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de avaliar o fármaco, reporta o jornal The Times.
Num ensaio clínico, foi aleatoriamente administrado a voluntários um placebo ou Ivermectina.
De acordo com os cientistas, os pacientes envolvidos no ensaio recuperaram da Covid-19 em metade do tempo habitual, que para a maioria dos indivíduos é aproximadamente duas semanas.
Dos doentes que tomaram Ivermectina, oito morreram, enquanto 44 que tomaram o placebo também morreram.
Os investigadores analisaram no total 11 ensaios clínicos com mais de mil pacientes, experiências essas que foram realizadas sobretudo em países desenvolvidos.
Os dados apurados também revelaram que a droga farmacológicareduziu as mortes por SARS–CoV-2 até 80% em pessoas internadas em hospitais.
“Tratamento transformador”
Os resultados dos ensaios clínicos serão publicados no final do mês de janeiro e para Hill a Ivermectinapode definitivamente ser uma “arma importante” para travar a propagação da Covid-19.
O professor afirma que os dados apurados podem ser cruciais num momento em que muitos países enfrentam uma segunda onda do vírus.
“É bastante promissor e uma ideia atrativa, porque um curso de tratamento custa menos de dois euros (cerca de 12 mil reais)”, diz Hill.
“Os dados recolhidos nos vários ensaios clínicos podem ser suficientes para que a Organização Mundial de Saúde recomende o uso do tratamento [com Ivermectina] no mundo inteiro”.
“Se virmos essas mesmas tendências consistentemente em mais estudos, então estaremos mesmo perante um tratamento transformador”, acrescentou.
Os investigadores sugerem que o medicamento para tratar os piolhos funciona ao interferir no ciclo de vida do novo coronavíruse acreditam que pode ser utilizado como um anti-inflamatório.
Vale lembrar que no passado diversos outros medicamentos já existentes foram testados para tratamento do novo coronavírus e não foram indicados para o mesmo.
BNC Mundo