BRASÍLIA – O ex-ministro da Previdência Onyx Lorenzoni confirmou, nesta quinta-feira (6), em depoimento à CPMI do INSS, ter recebido R$ 60 mil do empresário Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Clube de Benefícios, investigada por desvio de recursos de aposentados.
Onyx negou qualquer irregularidade e disse que a doação foi legal e declarada à Justiça Eleitoral.
“Nunca pedi dinheiro para bandido. Essa relação de causa e efeito não existe”, afirmou.
O relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), também questionou a atuação do filho do ex-ministro, o advogado Pietro Lorenzoni, ligado à Unibap, outra entidade investigada. Onyx negou influência ou interferência.
Ele confirmou ter indicado José Carlos Oliveira para o Ministério do Trabalho e Previdência, em 2022, mas disse que a escolha final foi do então presidente Jair Bolsonaro e teve “critérios técnicos”.
As senadoras Leila Barros (PDT-DF) e Eliziane Gama (PSD-MA) cobraram explicações sobre medidas do governo Bolsonaro que, segundo elas, facilitaram o assédio a aposentados. Onyx defendeu as decisões e disse que foram baseadas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
O senador Izalci Lucas (PL-DF) afirmou que o INSS foi “tomado por um esquema criminoso” e defendeu punição rigorosa aos envolvidos.
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