
SÃO JOSÉ DE RIBAMAR – No São Marçal de 2025, quem pisou forte e fez história foi o Boi de São José de Ribamar, o temido Pai da Malhada. O que era para ser aquele domínio clássico da Maioba virou um verdadeiro atropelo cultural. A Maioba até tentou dar o ar da graça, mas acabou mesmo foi tomando um banho de matraca e criatividade.
Desde a largada, já dava para notar: os cantadores da Maioba estavam mais preocupados em atravancar o caminho do Ribamar do que em soltar voz com alegria. Não funcionou! Chagas, o nome que faz o povo levantar poeira, desfilou o seu repertório como quem não deve nada para ninguém — e simplesmente levou o povão junto no arrastão.
Ribamar fez chover toada e a Maioba correu do temporal
A cada parada, a multidão embalava ainda mais nas toadas de Ribamar. A Maioba ficou “comendo poeira”, tentando tapar o sol com a peneira, mas só aumentou o brilho do adversário. Quando Chagas soltou a toada de repique para o Boi da Maioba não cantar mais “Se não existe o sol”, de autoria dele mesmo, nem precisava pedir bis. Contrário não se toca, com essa cena tão tristonha, maiobeiro fica triste, com vergonha, a mais nova toada de Chagas ESTREMECEU o João Paulo.

Não teve drama, não teve duelo, só teve passeio! A Maioba, que já foi gigante, agora virou mera espectadora. São Marçal presenciou um rei coroando outro — e essa festa ninguém vai esquecer tão cedo. Quem levou essa, foi o Boi de Ribamar, que dançou bonito e sambou. Rei que dorme perde a coroa!
Cheio de encanto e magia é o que promete o boi de matraca de São José de Ribamar no próximo fim de semana no (lava) pratos, para mais uma vez fazer bonito no palco da cultura maranhense
. Viva ao Pai da Malhada!
Imagens: Mancha Vermelha
BNC Cultura