
SÃO LUIS – A segurança pública na Região Metropolitana de São Luís — que engloba São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa e Alcântara — tem apresentado importantes avanços nos últimos anos. Segundo dados recentes da Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA), a Grande Ilha registrou uma redução significativa nos índices de homicídios dolosos e Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs).
Em fevereiro de 2025, houve uma queda de 73% nos homicídios dolosos na Região Metropolitana de São Luís em comparação ao mesmo mês de 2014 — o menor índice registrado em mais de uma década. Em setembro de 2025, a redução dos CVLIs foi de 34,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, com São Luís contabilizando 16 homicídios dolosos e Paço do Lumiar apenas um.
Apesar desses resultados positivos, moradores das áreas periféricas da Grande Ilha ainda relatam sensação de insegurança e medo constante. Vanessa Mendes, residente no bairro Maiobão, em Paço do Lumiar, compartilha sua experiência: “Já fui assaltada duas vezes no ponto de ônibus. A gente vive com medo e sem segurança.”
O sociólogo Marcos Antunes destaca que a violência na Região Metropolitana de São Luís está diretamente relacionada a questões sociais e estruturais, como desigualdade, desemprego e falta de integração entre os municípios para ações coordenadas de segurança pública. Ele ressalta que “a criminalidade não respeita fronteiras municipais, e a ausência de um plano metropolitano unificado dificulta o combate eficiente ao crime.”
O governo do Maranhão tem buscado enfrentar esses desafios por meio do programa Pacto pela Paz, que combina ações repressivas com políticas sociais, além de investir no videomonitoramento e no aumento do efetivo policial em áreas vulneráveis da Grande Ilha.
No entanto, a infraestrutura precária em bairros periféricos, incluindo iluminação pública deficiente e transporte público insuficiente, ainda contribui para a vulnerabilidade dessas regiões.
A população da Região Metropolitana de São Luís reconhece os avanços, mas cobra mais ações integradas e investimentos que garantam segurança efetiva e qualidade de vida.
Pela Redação
BNC Polícia