No último fim de semana, a Fórmula 1 experimentou pela primeira vez a novidade das sprint races.

GRANDE ILHA  – O tradicional treino de classificação para a definição da pole position foi substituído por uma corrida de 17 voltas. A novidade cumpriu o esperado: mais exposição da categoria na mídia e emoção de disputa, pelo menos nas primeiras voltas. Aliás, a briga acirrada entre Hamilton e Verstappen, após a largada do domingo, que culminou no choque entre ambos e tirou o holandês da corrida, foi consequência direta da disputa entre eles na sprint race.

No entanto, essa novidade tem problemas. Em primeiro lugar, cria mais compromissos para os fãs em relação à categoria, em tempos em que as pessoas estão cada vez mais ocupadas com afazeres cotidianos ou profissionais. Depois, como não pode ser aplicada em todas as provas, cria um casuismo na escolha dos momentos em que haverá ou não.

Pior do que isso, na prática a sprint race é, esportivamente, pouco meritória. O treino de sexta, que define o grid da sprint race, traz tempos mais rápidos do que o da própria corrida de classificação. Ou seja, o pole da corrida não é o piloto mais rápido dos treinos. Da mesma forma, trata-se de uma corrida sem sentido, pois a vitória não conta para as estatísticas. Embora tenha trazido marketing e expectativa, a ideia precisa ser aperfeiçoada ou simplesmente abandonada, pela falta de utilidade.

A próxima está prevista apenas para o GP de Monza, em setembro.

POR Paulo Pellegrini

BNC Esportes

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