GRANDE ILHA – Será lançado no Maranhão o livro “Aderito, o passarinho lusófono” publicado pelo selo Pingo de Gente, da Scortecci Editora. A obra conta a história de um garoto timorense que ao vencer um concurso de poesia ganha uma viagem ao Brasil. Lá ele faz uma imersão na língua portuguesa e na cultura maranhense. A ilha de São Luis é o cenário dessa aventura.
Única cidade brasileira fundada por franceses, mas colonizada pelos portugueses, é também chamada de Ilha do Amor e Terra dos Poetas. A cidade acolhe Aderito e o encanta com suas danças, seu rico folclore, suas lendas e com as histórias da cidade mais portuguesa do Brasil.
A obra é de Nico Bezerra, escritor, poeta, pedagogo e professor de português, membro da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes. Segundo ele essa obra é o início de uma série de publicações voltadas para o público infanto-juvenil da comunidade lusófona. Lembrando que os países lusófonos, conforme a COMUNIDADE DOS PAISES DE LÍNGUA PORTUGUESA (CPLP) é composta de Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Segundo o autor, que diz ser apaixonado pela língua portuguesa e por ter acompanhado a história da luta e da resistência do povo timorense aprendeu a admirá-lo e com muito respeito diz que a vivência do português apenas no ambiente escolar precisa de um reforço, visto que a maioria das crianças timorenses têm o tétum como língua permanente no seu ambiente familiar. Sabe também que há grande carência de livros no país, o que impede que crianças, adolescentes e jovens possam praticar a leitura e a plena aquisição do português.
É por isso que o autor pretende disponibilizar essa obra, sem custos de direitos autorais, às crianças timorenses. Para isso ele conclama Editoras e outras instituições que queiram contribuir na promoção e na difusão da língua portuguesa junto às crianças daquele país. “Todos nós que, de alguma forma, temos ligação com o Timor-Leste sabemos que o português tem um papel predominante na atualidade e, como tal, ela deve servir de ferramenta para a internacionalização do país” diz ele.
BNC Política